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Artista Nicolas Coca faz exposição sobre surrealismo e terapia

Artista Nicolas Coca faz exposição sobre surrealismo e terapia

O artista ribeirãopretano, Nicolas Coca, mais uma vez vai apresentar seus trabalhos em São Sebastião do Paraíso. Com o título "Surrealismo e Terapia", a exposição acontece na Casa da Cultura Antônio Carlos Pinheiro de Alcântara e é mais uma oportunidade do público da cidade e região acompanhar seu trabalho, pautado e inspirado no movimento artístico e técnico utilizado nas obras de pintura a óleo sobre tela.

A exposição, inicialmente, esteve agendada em junho e foi fruto do edital da Prefeitura, aberto em fevereiro, que tem como propósito incentivar a classe artística existente na cidade. A visitação é gratuita e fica aberta ao público no período de terça a sexta-feira, entre às 11h30 e 17h30. Aos sábados, de 8h30 às 13h.

Conforme revela o artista, seu trabalho apresenta o que é chamado de construção do ego pela arte que pode ser traduzida por imagens e emoções. Ele ressalta que o trabalho precede o paradigma moderno, apresenta conhecimento das ciências e a aplicatividade clínica e analítica. "Estou trabalhando a parte primária insights, intuição, sentimento lúdico, prévio ao conhecimento científico. A significação ocorre à priori a essas imagens", descreve.

O designer define que as descobertas são produzidas ao olhar para dentro, no que a relação com o externo causa dentro do ser. Ele relata que desde o primórdio do pensamento moderno, do século XVII ao XX, Espinoza, Einstein e Freud falaram disso: a razão sendo o caminho do conhecimento, o que é um pressuposto, mas, não é o que acontece."O inconsciente é o processo primeiro e, para que a razão domine a emoção, a cultura domine a natureza, é preciso considerá-lo mesmo para o tratamento de patologias e demências", aponta.

Para Nícolas Coca esta é a descoberta de Freud que abriu as portas do século XX e que o próprio não conseguiu adentrar, por isso se faz necessário voltar ao  tema. "Quando uma sociedade começa a questionar suas certezas (o modelo do paradigma que criamos coletivamente), começa a crise. Os fundamentos deste é desmentido quando se afirma que o homem é definido pela sua racionalidade", aponta o artista. Ele acrescenta que o abandono da crença do conhecimento da verdade, de fato são construções.

"A experiência clínica dá o conhecimento de que, quando a criança conquista seu alimento, ao chorar e alucinar de fome, e a mãe intui isso oferecendo o seio, cria-se aí o self e o processo criativo (a atitude perante a vida, não do artista)", relata. Em seguida, ele pondera que aquilo que media o ser com a atitude diante da vida é a fantasia. "Sistemas opressores são responsáveis por sentimentos de que a vida não vale a pena, se o self está bem, ele provoca o stabilishment com essa expressão e a arte surge como uma reorganização cultural/social", destaca.

Conforme o artista o paradoxo é um erro da razão, tudo está organizado logicamente, mas ele diz que nem tudo é fruto da razão. "Precisamos construir um paradigma de honra com virtude, prazer com felicidade, criando um novo imaginário, uma reforma do pensamento com a psicanálise, temos ignorado como civilização sistematicamente: o homem como ser natural". E completa: "o homem é um organismo capaz de elaborar imaginativamente e criar através da fantasia algo concreto", finaliza.

 

Fonte: http://www.ssparaiso.mg.gov.br/noticias.php?dsid=3393